quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

TVE sem publicidade


Se amanhã a nossa televisão estiver sintonizada na TVE, televisão pública espanhola, encontramos o cenário que qualquer espectador sonha: ausência de publicidade.


Depois das doze badaladas, os canais da estação pública espanhola poderão exibir apenas campanhas de autopromoção, comunicação institucional, campanhas eleitorais e anúncios de carácter social, e não poderão cobrar nada por isso.


Para preencher as lacunas deixadas pela publicidade, que libertam até 5 horas de programação, o novo ano traz telejornais mais longos e a exibição de mais filmes.


Recordo que a Espanha não é a única a cortar a publicidade nas televisões Públicas. França avançará também com o fim da publicidade no serviço público de TV em Dezembro de 2011.


Em Portugal, a ideia causa discórdia entre os diferentes partidos. Em 2008, o PSD propôs que a publicidade fosse retirada da RTP, algo que o ministro dos Assuntos Parlamentares da altura, Augusto Santos Silva, considerou "tecnicamente errado".


Além disso, segundo o contrato de reestruturação financeira da estação pública - assinado em 2003 entre o Estado [coligação PSD/CDS-PP] e a RTP, todas as receitas publicitárias arrecadadas, até 2019, serão canalizadas para pagar os empréstimos contraídos por causa das dívidas da empresa.


Na minha opinião, há aqui dois pontos pertinentes. Por um lado, nós contribuintes que pagamos, todos os anos, a nossa cota da RTP ansiamos por um serviço de maior qualidade, sem os longos intervalos de publicidade. No entanto, a RTP, quer queiramos ou não, é uma empresa, logo tem de obter lucros que são conseguidos através da publicidade.


Quanto aos canais privados, torna-se difícil competir com os elevados orçamentos que a estação pública tem. E isso fica evidente, por exemplo, na compra de jogos de futebol. Para lá de tudo isso, ainda têm a possibilidade de recrutar mais jornalistas.


 Aqui, surge outra questão. Aquela de que tanto se fala. Deve o estado financiar a imprensa privada? Eu acredito que não. O estado não deve financiar os meios de comunicação privados, deve, antes de mais, regular os seus meios de comunicação para que possa haver uma concorrência leal. Depois, quem dá algo espera outro algo em troca. Isto seria perigosíssimo para a liberdade de expressão que já anda um bocado adoentada.

2009 foi o ano com mais jornalistas mortos

Quem o diz é a Organização Não Governamental Repórteres sem Fronteira. Morreram em 2009 mais 16 jornalistas do que em 2008.
Os números estão mais negros devido ao massacre que houve nas filipinas, onde 29 jornalistas perderam a vida.

Em distribuição geográfica, mais uma vez devido às Filipinas, a Ásia lidera em número de mortes, com 44, seguida de África, com 12 e a Europa e Médio oriente vêm em terceiro, com sete cada um e a América com seis.

Quem , também , anda a sofrer atentados é a liberdade de imprensa. O ano de 2009 foi marcado pela perseguição aos jornalistas e respectivas redes sociais, tais como, blogues, twitter e facebook.

Segundo esta organização não governamental, estão 167 jornalistas presos e 160 no exílio, “muitos deles a viver em condições de grande risco”, ressalva o comunicado dos Repórteres sem Fronteiras.

sábado, 12 de dezembro de 2009

As actualizações do Magalhães

Este assunto do Magalhães faz-me lembrar aquelas actualizações dos programas informáticos. Acabam,sempre, por trazer  algo de novo. E esta espécie de computador não é diferente.

Eis as actualizações:
  • O Magalhães terá sido financiado com dinheiro que pertencia à acção social. Para quem não sabe a acção social é responsável por pagar os livros e alimentação dos mais necessitados.
  • Nem sequer houve concurso Público para dar oportunidades a outras empresas. 
  • Um computador que supostamente é para crianças, tendo em conta que mais ninguém precisa deles, não e proíbe sites com material para adultos. Ora, afinal o Magalhães apoia a sexualidade.
  • E, depois, colocam a pass na net, pass essa que os miúdos tem acesso. Olha Magalhães, um concelho de quem já ultiza um toshiba , nunca substimes os pequenos. 
Vá teclem muito:)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Suicidio colectivo do PSD e morte assistida da SIC


O fundador e ex-presidente do PSD Francisco Pinto Balsemão considerou quarta-feira que o seu partido se encontra num "impasse" ideológico, do qual tem de sair sob pena de caminhar para "um suicídio colectivo".
Agora, este tema serve de mote para a estação dele: A SIC. Estamos sistematicamente a ver a SIC investir em caras bonitas sem talento, em programas que não passam o barómetro negativo, novelas que não prendem o espectador. São vidas novas que  estão centradas nos problemas de quem os apresentam, são programas domingueiros que mais parecem desfiles de modelos, são as actrizes que viram  apresentadoras. Isto não é morte também? Para colmatar, vão agora buscar um comentador, o Miguel Sousa Tavares, que já deu o que tinha a dar, esmiúçam programas que já foram esmiuçados até ao osso. Para lá de tudo isto, tem uma informação que tapa as nódoas na toalha e, ainda, faz sentir saudades da SIC.