terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Haiti.

A madrugada pesa-me. Não consigo dormir. Estou a pensar no Hait. Todos os dias somos invadidos por histórias que não são nossas, mas que desejamos contar, por vidas que não são nossas mas que queremos proteger e por sofrimento que não é nosso mas, que  queremos ajudar a superar.

Preocupam-me as vidas perdidas. Não! Não estou a falar nos mortos. Esses nada tem a perder. Já perderam o mais importante: a vida.Preocupam-me os orfãos de pais, de familia de país.Preocupam-me aqueles que estão sem comer, aqueles que vão ajudar e não tem ajuda, aqueles que querem ser ajudados e não encontram ajuda. Preocupam-me os jornalistas que dão ao litro para que a tragédia não seja esquecida. Sim. Por que pior tragédia que o sismo é a história deste povo desgraçado cair em esquecimento. Basta haver outra tragédia.

Fala-se do oportunismo Americano. É certo que se aproveitam da fragilidade humana, da falta de recursos , da falta de infrastruturas. Não nos revoltemos.

Faço minhas as palavras da Teresa de Sousa no Público: "o poderio americano é quase sempre impressionante e continua a ser incómodo. É, no entanto, indispensável"...



2 comentários:

  1. De facto vai é incrível como até agora ninguém, se tinha lembrado dos problemas trágicos do povo do Haiti até este terramoto. É triste, muito triste, só se agir quando se chega a este ponte!

    Internacionalmente falando :P

    Para além de podermos ter provado que os Estados Unidos continuam a ser os únicos com um poder de acção global, vê-se claramente o aparecimento das potências emergentes, como o caso do Brasil e da China que, a par dos EUA lideram as operações no terreno.

    Por outro lado vê-se a incapacibilidade da UE como agente internacional na resposta a crises, como é o caso de grandes potências europeias como a França.

    Beijinho*

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